Você já conhece a biografia de Dilma?

quarta-feira, 31 de março de 2010

Há 46 anos, a ditadura. E a festa da Direita

Dia 31 de Março de 1964, no centro antigo de São Paulo, num escritório da Praça da República, assistiamos perplexos e indignados às manifestações de júbilo e apoio aos golpistas vitoriosos depois de duas tentativas de implantar a ditadura no Brasil, em 1954 e 1961.

Mais uma vez eram os mesmos de sempre com a UDN à frente - essa mesmo que vocês se lembram, virou ARENA, PDS, PPB, PFL e agora se chama DEM. Vai mudando de nome tentando enganar e achando que o povo esquece.

Derrubavam um presidente constitucional, João Goulart - o Jango - eleito democraticamente para instalar no país uma ditadura militar que durou 21 anos se tomarmos a eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral como marco do seu fim, ou 24 anos se tomarmos como data a Assembléia Nacional Constituinte de 1988.

Os nefastos 21 anos que se iniciavam naquela noite

Naquele momento e com o desfile daquelas imagens da alta classe média paulistana e dos considerados na época "filhinhos de papai" do Colégio/Universidade Mackenzie apoiando entusiasticamente o golpe, iniciava-se a onda de repressão e violência que se abateria sobre o país e contra os democratas, os que defendiam a Constituição e a Liberdade.

Aquela cena e aquele dia mudaram para sempre a minha vida. Naquele momento tomei a decisão de me opor com todas as minhas forças e energias ao golpe militar, decisão que persegui durante vinte anos até a reconquista da democracia.

Mal sabia eu que minha vida estava sendo decidida naquela manhã de março, no simpático mês das águas e do meu aniversário, no momento em que assomei a janela para ver a cena dos estudantes de direita do Mackenzie descerem a Avenida Ipiranga rumo a Praça da República!

Mal tinha idéia eu de que naquele dia e com as cenas que presenciava, se iniciava a mais longa e teneborosa noite que desabaria sobre o país, a nefasta ditadura sonhada e instaurada pela direita que sufocaria tantos e tantos democratas, atingiria em maior ou menor grau - e ainda que indiretamente - a todos os brasileiros, e se tornaria o período político e social mais nocivo vivido pelo país.

Serra inaugura obra polêmica e é vaiado por trabalhadores


erca de 200 servidores estaduais, entre professores, agentes penitenciários e profissionais da saúde, vaiaram nesta terça-feira (30) o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em Presidente Prudente, no interior paulista, onde o tucano inaugurou obras. Com nariz de palhaço e faixas que foram proibidas de ser abertas pela Polícia Militar, os manifestantes se reuniram na frente do prédio do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), inaugurado pelo governador.



Os trabalhadores chamaram Serra de "ditador" e "mentiroso". "Nos proibiram de entrar no prédio e de colocar as faixas, bolsas de mulheres foram revistadas e um professor foi tirado à força por um PM", reclamou Alberto Brushi, diretor regional do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Professores da rede estadual e PMs entraram em confronto no Morumbi na semana passada, quando tentaram furar o bloqueio e chegar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Quando os professores tentaram furar o bloqueio, foram recebidos com golpes de cassetetes, balas de borracha e bombas de efeito moral.

O sindicalista Rozalvo José da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), também reclamou do tratamento dado aos manifestantes. A exemplo dos professores, em greve há 19 dias, os agentes penitenciários decidiram entrar em greve a partir do próximo dia 30. Ele afirmou que os 22 mil agentes, que cuidam de 180 mil presos no Estado, exigem reajuste salarial de 26,34%.

Obra inacaba

Em sua maratona para inaugurar o máximo de obras antes de deixar o governo, Serra apelou novamente para um expediente já tradicional de sua agenda: inaugurar obras que não foram concluídas.

Encaixa-se nesta categoria o trecho sul do Rodoanel, "inaugurado" hoje, com dois anos de atraso, pelo governador tucano. Mesmo com tanto atraso, um pequeno trecho será aberto aos motoristas somente na quinta-feira.

O Trecho Sul do Rodoanel irá ligar as rodovias Anchieta e Imigrantes às rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt, que já estavam interligadas pelo Trecho Oeste desde outubro de 2002. A rodovia passa pelos municípios de Mauá, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

O primeiro dos cinco lotes, de Mauá à Via Anchieta, em São Bernardo, ainda não será entregue, em virtude das obras nos 4,4 quilômetros que ligam o Rodoanel à Avenida Papa João XXIII, em Mauá (a previsão é de que o trecho seja concluído em meados de maio).

Pedágio e polêmicas
Segundo estudo encomendado pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) ao Lincoln Institute of Land Policy, a obra reduzirá temporariamente o trânsito na marginal Pinheiros e na avenida dos Bandeirantes, mas terá efeito insignificante nos congestionamentos da Grande São Paulo.

Assim como o trecho oeste, onde há cobrança de pedágio (R$ 1,20) desde dezembro de 2008, o trecho sul será pedagiado, com valores até R$ 6. No entanto, não há prazo definido para o início da cobrança, já que a concessionária ainda não foi escolhida.

A construção do trecho sul foi projetada e administrada pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), mas a execução da obra, iniciada em maio de 2007, ficou a cargo de cinco consórcios, cada um responsável por um lote do trecho. Integram os consórcios algumas das principais construtoras do país: Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia, Odebrecht, CR Almeida, Serveng Civilsang, Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior e Carioca.

Em dezembro de 2009, o Ministério Público Federal em SP encaminhou representações pedindo a abertura de inquérito contra a Camargo Corrêa por fraudes em licitações e superfaturamento em 14 obras espalhadas pelo país, entre elas a do Rodoanel. O dinheiro desviado teria sido utilizado no financiamento de campanhas eleitorais de vários políticos.

Em setembro de 2009, um laudo feito por um supervisor ambiental das obras afirmou que os impactos ambientais superaram as previsões do governo. Ele citou uma região com 15 córregos, fora da área de concessão do Rodoanel, que desapareceram por conta do assoreamento, e apontou deficiências no projeto de drenagem que provocaram alagamentos ao redor da obra, afogamento de árvores e assoreamento em parte da Billings. Na época, a Dersa argumentou que os problemas ambientais não eram significativos e que eles foram agravados pelas chuvas.

Já em 13 de novembro do ano passado, um novo empecilho: três vigas de 85 toneadas e 40 metros despencaram de uma altura de 20 metros no viaduto do Rodoanel sobre a rodovia Régis Bittencourt, atingindo três veículos e ferindo três pessoas. Segundo relatório emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca usou vigas pré-moldadas não previstas para os novos viadutos do trecho sul com o objetivo de baratear custos.

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), órgão ligado ao governo estadual, avaliou que a queda da viga foi resultado de três fatores: falta de horizontalidade das superfícies das bases de apoio; insuficiência de atrito na interface das vigas com as bases de apoio e falta de travamento adequado das vigas.

Especialistas entrevistados pelo UOL Noticias na época afirmaram que a pressa para entregar as obras em um prazo favorável do ponto de vista eleitoral está por trás dos acidentes em grandes obras, entre elas a do Rodoanel.

Durante o evento de inauguração, a Polícia Militar fez um cordão de isolamento para separar as autoridades. Um grupo de manifestantes foi impedido de chegar ao local da vistoria e foi parado pela PM ainda na Via Anchieta.

Da redação,
com agências, Portal Vermelho

Zé Alagão ataca novamente: professores são agredidos em inauguração na grande São Paulo



O Conversa Afiada reproduz email da APEOESP:

from ANA APEOESP

Mais uma vez, professores foram agredidos por policiais e impedidos de realizarem manifestação pública. Um grupo de aproximadamente 200 professores compareceu à inauguração de uma alça de acesso da Estrada Mário Covas aos municípios de Itaquaquecetuba, Suzano e Poá. A inauguração com a presença do governador José Serra ocorreu por volta das 15 horas desta segunda-feira (29/03), no Bairro Varella.

Depois de enfrentar uma barreira policial, a maioria dos professores foi impedida de chegar perto do palco por uma funcionária que identificava-se como sendo da Casa Civil e já avisava: “Professor não entra!”.

Quem conseguiu driblar o bloqueio, ainda foi agredido por policiais.

“Vou registrar um boletim de ocorrência porque restringiram o meu direito de trânsito. O deputado da minha região, José Cândido (presente à inauguração), me reconheceu e pediu que me deixassem entrar. Mas, como fui identificado como professor, barraram o meu acesso. Não somos criminosos”, protesta o professor Douglas Martins Izzo, morador de Itaquaquecetuba.

Governo Yeda(PSDB)ameaça matar universidade gaúcha

AYRTON CENTENO

Quem é capaz de imaginar um polo universitário com dois cursos e um só professor? E outro dotado de quatro cursos e com três professores? Estes são alguns dos espantos que estão vindo à tona com a greve da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, a Uergs. Aos nove anos de existência, a Uergs enfrenta a maior crise de sua história. Criada em 2001, no governo de Olívio Dutra (PT), a universidade, desde o ocaso da gestão petista, imergiu em lenta e sofrida agonia. Que se tornou mais atroz sob a administração Yeda Crusius (PSDB), eleita empunhando a consigna “Um novo jeito de governar”. O novo jeito, para as lideranças dos docentes, envolve deixar morrer a míngua a universidade gaúcha.

“Não tenho dúvidas de que há a intenção deliberada de matar a Uergs”, sustenta o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Amarildo Cenci, que representa os docentes da universidade. Para isso operariam principalmente a degradação dos salários e a ausência de novas contratações.

“Estamos numa crise e com falta de perspectivas”, reclama Marcos Pesci Pinto, aluno do curso de administração em saúde.

Legalmente, a universidade deveria contar com 300 docentes. Em 2007, tinha 190 mas, hoje, no último ano do Governo Yeda, tem apenas 106. Onze professores já se despediram em 2010. O total de alunos seria de 3.300, espalhados por 24 polos regionais. A decadência levou a Uergs a situações inacreditáveis.

“Dá para acreditar que, no polo de São Luiz Gonzaga (cidade da região das Missões) existem quatro cursos e três professores?”, indaga Cenci. A estupefação não para aí:

“Em São Borja (na mesma região) há dois cursos e um só professor. O mesmo ocorre em Alegrete (cidade da Campanha gaúcha)”.

Dentro da universidade, os alunos vivem experiências estranhas:

“Temos um professor que é formado em recursos humanos mas nos dá aulas de cálculo”, conta o aluno.

Outros viajam de cidade em cidade para garantir um mínimo de aulas.

“Vivem dentro de ônibus, rodando até mil quilômetros por semana”, diz.

“Alguns docentes tem comiseração dos estudantes e resolvem ajudar do jeito que podem”, explica Cenci.

O patético do quadro é tão grande que transparece até onde menos se esperaria.

“É absurdo pensar que a Universidade Estadual, com sua lotação legal de 300 docentes, terá capacidade para desenvolver adequadamente as 24 unidades criadas em seu primeiro estágio, várias delas à beira da inviabilização por falta de pessoal”, escreveu no próprio site da Uergs o pró-reitor de ensino, Eloy Julius Garcia. No texto “Universidade, ciência e tecnologia em tempos de crise”, ele lamenta que vários órgãos estaduais voltados ao desenvolvimento, entre os quais a Uergs, sejam “(…) escassamente coordenados entre si, carentes de recursos humanos e insuficientemente dotados de recursos materiais e financeiros.”

Indagado, Garcia sustenta tudo o que afirmou e vai além:

“Se não houver mudança, a Uergs se tornará inviável. Vamos terminar por desgaste. No último ano, perdemos 50 professores”, exemplifica. Ele entende que nem o Estado nem o governo perceberam ainda o instrumento de desenvolvimento que a Uergs significa.

Após suportar tanta precariedade os docentes cruzaram os braços na segunda-feira. Adesão de 100%, como admite o próprio pró-reitor.

“Agora, finalmente decidiram romper o silêncio”, comemora o aluno Marcos Pinto. Ontem (terça), os professores procuraram a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa para apresentar seus problemas. Hoje farão manifestação diante do Palácio Piratini e, depois, avaliarão a greve. Eles pedem uma solução de emergência que inclua o estabelecimento de plano de carreira, nomeação imediata de 21 professores já aprovados em concurso e reajuste salarial.

Para Cenci, se nada for feito, a Uergs fechará as portas no meio do ano.

“Estamos chegando ao fim”, sentencia.

Todos ao "bota-fora" de Serra Hoje

Vamos dar todo apoio e fortalecer ao máximo - com a participação de quem puder comparecer - a passeata que 40 sindicatos e associações do funcionalismo público estadual realizam na capital, no "bota fora" do governador José Serra. Ele deixa o governo hoje para ser o candidato da oposição à presidência da República pela coligação PSDB-DEM-PPS.

A concentração para o público é no vão livre do MASP, na avenida Paulista, à tarde, de onde sai a passeata até a Praça do Patriarca, no centro antigo de São Paulo. É preciso dar uma "despedida" à altura do que merece um governador que não deixa saudades.

Serra jamais negociou, atendeu reivindicações, dialogou ou teve algum tipo de atenção com pleitos apresentados pelas categorias profissionais do Estado. Ao contrário, nunca soube lidar com os movimentos sociais e sempre os tratou com repressão policial, cassetetes, bombas e tudo o mais que constitui o aparato repressivo do Estado, como o faz agora, com a greve dos 210 mil professores.

A gente sabe que para o governo Serra e para os demais governos tucanos, a questão social é caso de polícia como era há 80 anos, na década de 30 do século passado, quando o Brasil começou a institucionalizar direitos sociais e trabalhistas.

terça-feira, 30 de março de 2010

Desabafo de professora, doutora de Serra que ganha R$ 900 por mês


O Conversa Afiada reproduz o email de amiga navegante professora:

Olá Paulo

Sou professora efetiva da rede pública e doutora em Fisiopatologia em Clínica Médica.

Enquanto o José Serra sai do Governo de SP para não conversar com os professores, ele manda a Polícia nos receber com truculência e agressividade. Me senti uma bandida e não uma pessoa tentando uma audiência com as autoridades para requisitar os seus direitos.
Eu não posso imaginar q esse seja o mesmo José Serra q participou da UNE e foi exilado por lutar pela democracia. O mesmo ex-membro da UNE agora manda atacar professores e alunos q estavam apenas com “flores” nas mãos.
Infelizmente, acho q a música de Geraldo Vandré “Pra não dizer que não falei das flores” caberia muito bem atualmente no governo de SP.

É isso, o desabafo de quem não aguenta mais tantas mentiras.

Enquanto o Serra diz na TV que estimula o aperfeiçoamento de professores, eu tive que fazer meu doutorado sozinha, trabalhando 3 dias na semana e ganhando apenas 900,00 por mês. Tentei no início um afastamento com as tais prometidas bolsas da secretaria da educação, mas nunca podia nem chegar à seleção das mesmas, pois eu me encontrava sempre em categorias que não seriam contempladas.

E essas categorias nem eram relacionadas a currículo, pois considero o meu bom: estudei o Ensino Fundamental e o Médio em escolas públicas, fiz graduação em Ciências Biológicas pela Unesp e Doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu.

Bom, na época da defesa tentei um afastamento curto (1 semana q fosse) pra apenas preparar minha aula com calma, porém descobri q isso era impossível. Inclusive tive q arcar com a falta no dia da defesa, nem nesse dia tive direito a faltar. Mas consegui, por méritos meus é claro. A única coisa q me dá aversão é ouvir essas propagandas enganosas em relação ao seu incentivo ao aperfeiçoamento de professores.

Ah, sobre a prova de mérito para aumento de salário, eu passei, mas não vou receber aumento pq sou uma NÃO HABILITADA. Sabe p q ? Não tenho os 1000 e tantos dias na rede pública. Tenho só 900 e muitas faltas pra cumprir compromissos de congressos, disciplinas, parte prática – tudo relacionado ao doutorado..

Se vc quiser consultar meu currículo e informações pra saber q são verdadeiras meu nome completo é

C. F. M.

RG

CPF

Só peço para não divulgar nenhum dado pessoal meu, pois, como estou em estágio probatório, tenho medo de represálias e sofrer algum processo administrativo.

Enviei meus dados apenas para que vc possa confirmar q o q digo é verdade.

Abraços

segunda-feira, 29 de março de 2010

Leandro: professor carrega policial ferido. O mundo bizarro de José Serra


O Conversa Afiada republica post de Leandro Fortes:

Blog de Leandro Fortes

26/03/2010

O mundo bizarro de José Serra

Quase todos perdidos de armas nas mãos

Muito ainda se falará dessa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, por tudo que ela significa e dignifica, apesar do imenso paradoxo que encerra. A insolvência moral da política paulista gerou esse instantâneo estupendo, repleto de um simbolismo extremamente caro à natureza humana, cheio de amor e dor. Este professor que carrega o PM ferido é um quadro da arte absurda em que se transformou um governo sustentado artificialmente pela mídia e por coronéis do capital. É um mural multifacetado de significados, tudo resumido numa imagem inesquecível eternizada por um fotojornalista num momento solitário de glória. Ao desprezar o movimento grevista dos professores, ao debochar dos movimentos sociais e autorizar sua polícia a descer o cacete no corpo docente, José Serra conseguiu produzir, ao mesmo tempo, uma obra prima fotográfica, uma elegia à solidariedade humana e uma peça de campanha para Dilma Rousseff.

Inesquecível, Serra, inesquecível.

Pesquisa eleitoral reflete o atual momento político

A nova pesquisa Datafolha deve ser analisada com serenidade e objetividade. É preciso considerar que a campanha ainda não começou; que Ciro Gomes, 11%, continua caindo, Marina Silva, 8%, continua na mesma, não sobe e nem cai; que Dilma, 27%, parou de subir, mas mantém o que conquistou, e que Serra, 36%, retomou seu patamar de dezembro. Temos que ter em conta também que 59% dos eleitores ainda não se decidiram, na espontânea, e que a campanha ainda não começou, apesar da intensa propaganda a favor de Serra e contra Dilma que nossa mídia desencadeou.

Fora isso, temos que esperar outra pesquisa dentro de 30 dias para fazer uma avaliação, se a subida de Serra no Sul e entre os eleitores de baixa renda e de baixa escolaridade é sustentável mesmo, o que não deve acontecer, uma vez que Dilma é forte nesse eleitorado, e os dados da pesquisa espontânea demonstram que seu crescimento é sustentável, pois passou Lula, que hoje aparece com 8% na espontânea, subiu de 10% para 12%, aumentando sua diferença para Serra, que tem 8%, para quatro pontos. Além de um dado importante: 3% dos eleitores votam no “candidato” de Lula e 1% no “candidato” do PT. Logo, Dilma indiretamente tem 16% na espontânea, 8% a mais que Serra.

Assim, devemos tomar essa pesquisa como um alerta. Estudá-la e tomar medidas para retomar o crescimento de Dilma, já que tudo indica que ela não representa uma tendência, mas apenas o obvio: uma foto do momento político eleitoral atual.

sexta-feira, 26 de março de 2010

“Salário PSDB” – a maior obra de Serra em São Paulo. “Piores Salários Do Brasil”


Nos Estados Unidos, se diz “walmartização” dos salários.

Ou seja: achatar salários, retirar a rede de proteção social, impedir a sindicalização e alongar a jornada de trabalho sem remuneração correspondente.

Um amigo mineiro, uma vez, me disse que o Zé Alagão, se fosse - se fosse, porque não será - presidente do Brasil venderia o Bolsa Família à WalMart.

Isso coisa, porém, o Zé Alagão conseguiu realizar: “walmartizou” o salário dos funcionários públicos de São Paulo.

Zé Alagão criou a expressão “Salário PSDB”, ou seja “Piores Salários Do Brasil”.

No Governo do Farol de Alexandria, o valor médio do salário mínimo foi de US$ 78.

No Governo Lula, US$ 243.

Eles são uns gênios.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: o vale refeição diário de um funcionário da área de saúde de São Paulo é de R$ 4. O vale-refeição mensal de um professor do Zé Alagão é de R$ 50. É o “vale coxinha” – outra expressão incrustada no panteão dos tucanos de São Paulo.

Piadas do dia. E uma vem de um ex-presidente

Na verdade duas. Primeiro a explicação do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso sobre o seu encontro com Joaquim Roriz (PSC), ex-governador de Brasília. Roriz é apontado como provável mentor da prática do DEM-Brasília, de arrecadar dinheiro de empresas e distribuí-lo como propina a aliados, o que levou seu sucessor, o governador José Roberto Arruda (ex-DEM), à cadeia na Polícia Federal.

Após receber Roriz no seu apartamento em Higienópolis, FHC afirmou que Roriz bateu em sua porta para comunicar-lhe que é de novo candidato a governador de Brasília e ele não teve como fechá-la. Pior a emenda do que o soneto: a piada está em que Roriz, em nota oficial, desmentiu o ex-presidente. Disse que foi tratar com FHC da oferta do PSDB de aliança com o seu PSC em Brasília.

Agora, a máxima do dia mesmo vem dos preparativos para o ato de anúncio no dia 10 de abril, em Brasília, de José Serra como candidato da oposição (PSDB-DEM-PPS) à presidência da República. Simplesmente alijaram o ex-presidente da programação, FHC será escondido e fica de fora da lista de oradores.



Melhor mesmo é a resposta do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) à jornalista que o questionou a respeito: "Esquece o Fernando Henrique. Você está parecendo a Dilma Rousseff falando de FHC". É pedir muito. Como esquecer os oitos anos de FHC e de sua política neoliberal de desmonte do Estado brasileiro? Esses tucanos...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Fim de feira: PM bate em professor na frente de Serra

Saiu no Globo:

PM e professores em greve entram em confronto durante inauguração de obra pelo governador José Serra
from O GLOBO » País

FRANCO DA ROCHA (SP) – Policiais militares e um grupo de cerca de 30 manifestantes entraram em confronto no início desta tarde durante a inauguração do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (Caism), que funciona no antigo Hospital do Juquery, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

Em tempo: O Conversa Afiada reproduz as sugestões do amigo navegnate colaboradordere:

Enviado em 25/03/2010 às 7:36

Enquanto isso:

25/03/2010Estação moderna do metrô não tem banheiro
Fernanda Barbosa
do Agora

A mais nova estação do metrô de São Paulo não têm banheiros nem postos de recarga para o bilhete único. Inaugurada em 31 de janeiro para receber 80 mil usuários ao dia, a estação Sacomã é, segundo o governador José Serra (PSDB), “a mais moderna da América Latina no que se refere ao conforto, à segurança e ao meio ambiente”.

Sanitários existem onde há demanda, diz Companhia
Os passageiros, no entanto, dizem que a falta do banheiro destoa em meio a inovações como o bloqueio sem roletas, com portas eletrônicas, e a porta-plataforma –uma parede de vidro que separa a área de embarque dos trilhos.

Ao pedir para usar o toalete, o passageiro é aconselhado a caminhar cerca de três minutos até o terminal Sacomã, atravessando uma passarela sobre a rua Bom Pastor. Para recarregar o seu bilhete único, tem de fazer o mesmo trajeto.

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Sobram reclamações na segunda pior do Estado
Willian Cardoso
do Agora

Faltam professor, estrutura, segurança e estímulo, dizem os alunos da escola Recreio São Jorge 2, a segunda pior de 1ª a 4ª séries (nota 1,1) no Idesp e que fica no bairro de mesmo nome, em Guarulhos (Grande SP). A pior (nota 0,59) é a escola Djekupe Amba Arandy, que fica em uma tribo indígena na Vila Jaraguá (zona norte de SP).

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Motociclistas lançam operação tartaruga
Fernanda Barbosa
do Agora

A Associação dos Mensageiros Motociclistas do Estado começou ontem a “operação tartaruga Kassab”, em protesto contra o projeto de restrição a motos na pista expressa da marginal Tietê e na avenida 23 de Maio. Ontem, filiados à associação distribuíram panfletos incentivando motociclistas a não trafegarem entre os veículos, mas sim atrás deles, por 20 minutos diários, nos horários de pico.

Serra afoga FHC ao se lançar candidato




O Globo, pág.8

” A princípio, estão previstos discursos apenas dos presidentes dos três partidos de oposição e do candidato, deixando (sic) de fora estrelas tucanas como o ex-presidente Fernando Henrique. Esse seria o sinal mais claro de que a oposição não pretende alimentar a estratégia do PT de estimular uma comparação entre os governos Lula e FH.”


Confirma-se a previsão de um dos gênios tucanos, o estadista sem voto, Roberto Freire.

Serra ia afogar o Fernando Henrique.

Qual a novidade ?

Segundo o Ciro, num debate na Folha(*), o Serra, como não tem escrúpulo, passaria um trator por cima da mãe, se preciso fosse.

Os gênios tucanos devem acreditar que Serra com sua eloquência e carisma incomparáveis será capaz de apagar da memória do eleitor o governo Lula e o governo Fernando Henrique Cardoso.

O Farol de Alexandria reduz-se, assim, ao papel irrelevante de patriarca do PiG(**).

Ele combaterá na trincheira em que sempre lutou: a militância golpista dessa imprensa de segunda classe, que nos assola.

É um fim de feira.

O Lula vai pendeurar o Farol, agora, um náufrago à deriva no pescoço do Zé Alagão.

Bye bye Serra 2010

Paulo Henrique Amorim



Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Definições em SP favorecem Dilma

Os cenários e o quadro geral da eleição no principal Estado da federação, São Paulo, vão se definindo, e muito bem, para a candidatura da ministra Dilma Rousseff. Reunião nessa 3ª feira fechou a chapa majoritária da oposição paulista, a da coligação PT-PDT-PC do B-PR-PPL e PRB. Será encabeçada por Aloizio Mercadante (PT) governador, Marta Suplicy (PT) senadora e cantor Netinho de Paula (PC do B) para a outra vaga no Senado.

O candidato a vice-governador será indicado pelo PDT. Como tenho dito sempre, é uma chapa que tem tudo para ir ao 2º turno, e melhor ainda, garante um palanque forte para Dilma no Estado com o maior colégio eleitoral do país - cerca de 30 milhões de eleitores. A composição dá condições de vitória à Dilma e aos três candidatos majoritários.

Composição do palanque aumenta chance de vitória

Mesmo que seja um só ou três os candidatos da oposição à sucessão de José Serra/Alberto Goldman (o vice paulista que assume o governo daqui a oito dias), eles vão enfrentar, com condições de vencer, a aliança do desgastado trio PSDB-DEM-PPS, provavelmente liderada pelo ex-governador tucano Geraldo Alckmin.

Essa coligação pode - e tende - ter o apoio do PTB paulista e do PMDB quercista, já que o ex-governador Orestes Quécia (PMDB) tem o compromisso de apoio do DEM à sua candidatura ao Senado. Os demos, por sua vez, indicaram o vice de Alckmin, o secretário do Trabalho de Serra, Guilherme Afif Domingos.

Para a campanha nacional da candidata do presidente Lula-governo-PT-aliados, a ministra Dilma, esse palanque de sua coligação em São Paulo é decisivo para a vitória. E como ficou, uma garantia e tanto de que chegaremos lá.

O encontro de FHC com Roriz


Publicado em 24-Mar-2010
Cômica, para dizer o mínimo, a forma como a imprensa...

Cômica, para dizer o mínimo, a forma como a imprensa noticia hoje o fato de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter recebido, na última 2ª feira a noite, em seu apartamento de Higienópolis, o ex-governador de Brasília Joaquim Roriz (PSC).

Roriz antecedeu a José Roberto Arruda (ex-DEM), o governador preso de Brasília na Polícia Federal. Todas as investigações sempre o apontam como envolvido ou, no mínimo, inspirador do esquema de arrecadação de dinheiro de empresas e pagamento de propina a aliados, pelo qual Arruda está na cadeia.

Para não ser cassado, Roriz renunciou ao mandato de senador em 2007, no qual fora empossado meses antes, porque apareceu um cheque suspeito em sua conta e por mais que explicasse que se tratava da venda de um bezerro, ele não convenceu.


Imaginem se fosse o PT se reunindo com Roriz!


A mídia, hoje, no entanto, limita-se a publicar declarações de tucanos contrários à reunião FHC-Roriz. Obviamente, reconheço, nem poderia ser diferente, porque o tucanato opera com todas as forças para passar à opinião pública que tucanos não têm relações com o DEM de Brasília. E nem que Arruda era o nome preferido para vice do candidato paulista ao Planalto, José Serra.

Flagrados, a saia justa ficou para o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) explicar: "Nosso acordo com o PSC é nacional e não diz respeito às eleições estaduais". Mais alarmado parece o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) ao declarar: "Brasília é um campo minado para todos os lados. Qualquer movimento pode gerar explosão".

Explosão, vejam vocês! E o Estadão ainda tenta justificar o acordo FHC-PSDB-Roriz com o agumento de que "o trabalho dos articuladores tucanos para fechar coligação nacional com o PSC encontra explicação no tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV".



Foto: José Cruz/ABr

Comentário retirado do Blog do Zé.

"O Sr. Roriz já foi do PSDB! É um tucano de carteirinha e sempre foi aliado do FHC. Como sou do Rio de Janeiro, tenho acompanhado as manchetes e notas do jornalão dos Marinhos (Globo). Sistematicamente as noticias são sempre dando o "cacete" no LULA e na DILMA, e é claro no PT."

quarta-feira, 24 de março de 2010

O governo virtual tucano e a realidade

O programa de expansão do metrô paulistano prometido pelo candidato da oposição à presidência da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS)? Foi adiado. Só agora, a nove dias da saída do governador de São Paulo descobre-se - reportagem na Folha de S.Paulo hoje - que vai atrasar tudo.

Projetos ou início de funcionamento de obras tocadas nesses quatro anos tucanos foram adiados em três das cinco linhas do metrô; a entrada em circulação da primeira etapa da Linha 4 (prometida para este ano) foi protelada para o ano que vem; das 28 "novas" estações prometidas e trombeteadas por maciça propaganda no rádio e na TV, só 16 são efetivamente novas - destas, cinco foram adiadas indefinidamente; e a entrega de novas estações na República e na Luz ficou "incerta" e só Deus sabe quando ocorrerá.

Secretário de Transportes Metropolitanos de Serra, José Luiz Portela diz que a culpa desse atraso em tudo é de "fatores externos" - daquela cratera aberta na linha do metrô em Pinheiros que matou sete pessoas, de processos judiciais, e de mudanças nos próprios projetos.

Mas, nada disso aparece no "governo virtual" do qual Serra faz publicidade várias vezes por dia no rádio e na TV. Pelo contrário, lá aparece um sistema de transportes urbanos fantástico, em que são cronometradas até as "horas e minutos" que os trabalhadores economizam em seus deslocamentos dos mais distantes pontos da Grande São Paulo! Economizariam, na realidade, se o sistema não fosse fantasma.

Tem-se aí mais um exemplo de promessas de campanha eleitoral tucanas engavetadas. Igualzinho as do prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM-PSDB, mais PSDB do que DEM) que se reelegeu em 2008 com o compromisso de melhorar o trânsito e o transporte público paulistano, reformar e construir 26 corredores de ônibus e implementar obras de contenção de enchentes - tudo o que você vê, não saiu do papel. Jeito demo-tucano de governar!

Ministro do TSE rejeita contas do PSDB e de Alckmin

O ministro Felix Fischer, do TSE, considerou “irregular” a contabilidade da campanha presidencial tucana de 2006.



Relator das prestações de contas do comitê eleitoral do PSDB e do então candidato Geraldo Alckmin, Fischer rejeitou ambas.



Como punição, sugeriu ao tribunal o bloqueio, por seis meses, dos repasses de verbas do Fundo Partidário para o PSDB.



Submetido na noite passada ao plenário do TSE, integrado por sete ministros, o voto de Fischer foi acompanhado pelo colega Fernando Gonçalves.



O julgamento foi suspenso porque o ministro Marcelo Ribeiro, terceiro a votar, pediu vista dos dois processos.



Felix Fischer escorou o seu voto em relatórios de um órgão técnico da Justiça Eleitoral, a Coepa.



Trata-se da Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias. Apontou várias irregularidades nas contas do tucanato e de Alckmin.



A principal delas refere-se à dívida exposta na contabilidade da campanha. O PSDB informou ao TSE que arrecadou cerca de R$ 59 milhões.



Os gastos da campanha escalaram a casa dos R$ 79 milhões. Restou um passivo de R$ 19,9 milhões.



Pela lei, o partido teria dois caminhos: ou liquidava a dívida antes da prestação de contas ou transferia o débito do comitê eleitoral para a legenda.



Na segunda hipótese, o partido teria de obter de cada credor uma anuência escrita da renovação do débito.



Na sua prestação de contas, o PSDB assumiu as dívidas. Mas não anexou ao processo o aceite dos credores. Daí a rejeição das contas.



Em sua defesa, o tucanato alegou que fez, em 2006, o mesmo que fizera na campanha de José Serra, em 2002.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Para ativistas, Dilma será a nova presidente do Brasil

Publicado em 16.03.2010 Welton Trindade

Oficialmente, apenas em 6 de julho é permitida a propaganda eleitoral e, enfim, o debate específico na sociedade sobre as eleições deste ano para presidente da República, governador, deputado e senador. Entretanto, parece que esqueceram de dizer que esse 6 de julho é de 2010. Sim, porque não é nada raro ver políticos em atos tipicamente eleitorais desde o ano passado no mínimo.

Com boa parte dos candidatos a presidente da República já definidos, o ParouTudo conversou com alguns dos principais ativistas LGBT do Brasil para ver se eles já têm posição sobre a disputa e quais as suas razões para tal. Ressaltamos que a opinião manifestada aqui é pessoal e não dada como representação de uma entidade. Sobre o resultado, por eles, o PT continuará no poder.

: : Toni Reis
Presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).


"Pela conjuntura hoje estabelecida, meu voto será para Dilma Roussef (PT). José Serra foi, para mim, um dos melhores ministros da Saúde. Ciro Gomes é grande administrador e carismático. Marina Silva, não a conheço o suficiente. Gostaria muito de ter contato com as propostas de todos e todas os/as candidatos/as. Porém, Dilma dará continuidade à politica do presidente Lula. Em relação ao segmento LGBT, ele cumpriu todas as propostas com as quais se comprometeu no plano de governo.

: : Gilza Rodrigues
presidente do Grupo Arco-íris (RJ)
"O Grupo Arco-íris é suprapartidário, porém, eu, hoje, enxergo no governo do presidente Lula os maiores avanços na pauta LGBT. Ainda há muito a fazer e acho que a ministra Dilma Roussef vai avançar. Precisamos pôr em prática os resultados da Conferência Nacional LGBT e tirar o Brasil sem Homofobia do papel. É hora e vez das mulheres, por isso aposto na ministra Dilma."

: : Yone Lindgren
Coordenadora da Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL)

"Na conjuntura atual, claro que voto em Dilma, mas não pelo partido (ao qual sou filiada) e sim por ser mulher. Já votei em tantos homens que me decepcionaram e em um que tem feito a parte dele. Talvez a mulher no poder seja mesmo a saida."

Mereceu algum destaque no Estadão de hoje, mas passou despercebido para a grande imprensa - ou assim estão sendo noticiados propositalmente - dois dad


Mereceu algum destaque no Estadão de hoje, mas passou despercebido para a grande imprensa - ou assim estão sendo noticiados propositalmente - dois dados da pesquisa eleitoral CNI/IBOPE sobre a corrida para o Planalto divulgada ontem: nada menos que 53% dos eleitores dizem apoiar o candidato do presidente Lula, mas 42% ainda ignoram que a ministra Dilma Rousseff é essa candidata.

A vantagem do candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) em relação a do presidente Lula, governo, PT e aliados, Dilma Rousseff caiu de 11 para 5 pontos. Nessa CNI/IBOPE divulgada agora, Serra está com 35% da preferência do eleitorado e Dilma com 30%.

Sempre prevemos com base em dados bem fundamentados - e o dizíamos aqui - que a tendência realmente era da candidatura Dilma subir na preferência do eleitorado e a de Serra cair, até porque seus índices resultam de recall por ter disputado as eleições de 2002, 2004 e 2006; porque a aprovação ao governo Lula (73%) e o apoio ao presidente (83%) são muito altos e a lógica é isso ser transferido, ainda que em parte, à sua candidata; e porque a oposição brasileira não tem programa e há muito tempo está sem discurso e sem rumo.

Mídia tem medo de "levantar a lebre"

Como a população percebe que o governo imprimiu um rumo certo ao país e administra com a adoção das medidas necessárias e apropriadas, ela não demonstra - e as pesquisas comprovam isso - nenhum interesse numa mudança. Aliás, a única surpresa nessa história é que Dilma sobe a atinge patamares na pesquisa num tempo muito mais curto do que prevíamos.

Há algum tempo, analistas chegaram a uma conclusão - e a tornaram pública - com a qual eu concordo: o infortúnio de Serra é que em 2002 ele era o candidato da continuidade do governo FHC, quando o eleitorado queria mudanças; agora em 2010 ele é o candidato das mudanças, quando os eleitores preferem a continuidade do governo Lula.

Além disso, essa CNI/IBOPE e as últimas pesquisas, em geral, são feitas e divulgadas num momento particularmente ruim para a oposição. Ela não tem propostas; anunciou que vai mudar todas as políticas do presidente Lula (se ganhasse); e os governos Serra e Gilberto Kassab (prefeito da capital) vivem uma quadra péssima, com uma crise política braba no trio PSDB-DEM-PPS. Ninguém quer ser vice de Serra e as três legendas naufragram no escândalo nacional protagonizado pelo DEM de Brasília.

Mas, resta uma pergunta que não pode deixar de ser feita. Será que a mídia esconde esse percentual de 53% de eleitores dispostos a apoiar a candidata do presidente Lula exatamente para "não levantar lebre", e não propalar ainda mais que Dilma é essa candidata?



Foto: Antonio Cruz/ABr

Serra deixa o Governo debaixo de greve de professor. E baixa a “Lei da Mordaça”


O Conversa Afiada reproduz o email da amiga navegante Roberta Santos SP:

Enviado em 16/03/2010 às 21:16

Gostaria de divulgar o email que recebi:

Governo Serra ordena a diretores de escolas que neguem informações à imprensa

Extinta em 2009, a “lei da mordaça”, que proibia os funcionários públicos de falarem com a imprensa, foi ressuscitada pelo Governo José Serra (PSDB) para evitar que a população tome conhecimento das deficiências da rede estadual de ensino e da amplitude da greve dos professores. A imposição da “mordaça” está expressa em memorandos enviados por email às direções das escolas estaduais. Um deles, distribuído pela Diretoria de Ensino Leste 3, diz o seguinte:
“Prezados Diretores
Agradecemos a preciosa atenção em relação aos informes sobre os números de professores que estão aderindo à greve. Entretanto, em virtude dessa paralisação, a imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevistas. Solicitamos ao Diretor de Escola para não atender a esta solicitação.
Solicitamos que o número de professores paralisados sejam dados reais, visto que os mesmos não estão batendo com os dados da Secretaria da Educação.”
O memorando de censura foi exibido ontem pela Liderança do PT em sessão plenária na Assembleia Legislativa. Os professores da rede pública do estado de São Paulo continuam em greve e pretendem chegar a 100% de paralisação nesta sexta-feira, quando farão nova assembleia

terça-feira, 16 de março de 2010
Governo Serra ordena a diretores de escolas que neguem informações à imprensa

Extinta em 2009, a “lei da mordaça”, que proibia os funcionários públicos de falarem com a imprensa, foi ressuscitada pelo Governo José Serra (PSDB) para evitar que a população tome conhecimento das deficiências da rede estadual de ensino e da amplitude da greve dos professores.
A imposição da “mordaça” está expressa em memorandos enviados por email às direções das escolas estaduais. Um deles, distribuído pela Diretoria de Ensino Leste 3, diz o seguinte:

“Prezados Diretores Agradecemos a preciosa atenção em relação aos informes sobre os números de professores que estão aderindo à greve. Entretanto, em virtude dessa paralisação, a imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevistas. Solicitamos ao Diretor de Escola para não atender a esta solicitação. Solicitamos que o número de professores paralisados sejam dados reais, visto que os mesmos não estão batendo com os dados da Secretaria da Educação.”

O memorando de censura foi exibido ontem pela Liderança do PT em sessão plenária na Assembleia Legislativa. Os professores da rede pública do estado de São Paulo continuam em greve e pretendem chegar a 100% de paralisação nesta sexta-feira, quando farão nova assembleia.


(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

Emprego formal soma 209 mil e bate recorde para fevereiro

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Ministério do Trabalho, mostram que foram criados 209,4 mil empregos com carteira assinada no mês de fevereiro. Para o mês de março há previsão de novo recorde histórico na criação de empregos formais. Para 2010, a previsão é de 2 milhões de novos postos de trabalho.

O levantamento do Caged de fevereiro mostrou ainda que o setor de serviços (85,6 mil), a indústria (63 mil), a construção civil (34,7 mil) e o comércio (10,6 mil) foram os setores que mais geraram empregos formais e responsáveis para a obtenção do melhor resultado da série histórica. Antes, o melhor mês de fevereiro havia sido registrado em 2008, quando foram abertas 204,9 mil vagas formais.

O resultado situa-se 52% acima da média dos melhores saldos do Caged para o mês de fevereiro, compreendidos entre os anos de 2003 e 2008, mantendo o dinamismo observado no mês anterior, destacou o Ministério do Trabalho.

Para o ministro Lupi, eventos como as férias e o carnaval ajudaram na abertura de vagas no setor de Serviços em fevereiro. "Todos os grandes centros de turismo carnavalesco [ficaram lotados]. Além disso, a indústria de transformação [registrou] recorde, com comportamento atípico, porque os estoques acabaram. E a construção civil que também teve comportamento recorde, e aí já é consequência dos programa Minha Casa, Minha Vida", explicou Lupi.

Recordes - Os primeiros dois meses do ano de 2010 trouxeram resultados expressivos para o emprego formal. Em janeiro deste ano, segundo o Caged, foram criados 181,4 mil postos de trabalho com carteira assinada, o que também representou o melhor resultado de toda a série para meses de janeiro.

O resultado do primeiro bimestre de 2010, quando foram criadas 390,8 mil postos de trabalho com carteira assinada, também é recorde para o período.

O ministro também afirmou que o mês de março também baterá novo recorde histórico na criação de empregos formais. O atual recorde para o mês foi registrado em 2008, com a abertura de 207 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Regiões - O governo informou ainda que todas as regiões do país registraram "elevação expressiva" dos emprego formal em fevereiro deste ano, com três delas (Sul, Norte e Nordeste) apresentando saldos recordes.

Na região Sul, segundo o Ministério do Trabalho, foram criadas 49,5 mil vagas em fevereiro, enquanto na região Norte foram abertos 11,1 mil postos. No Nordeste, foram abertos 2,1 mil empregos formais no mês passado.

A região Sudeste liderou a criação de postos, com 120 mil vagas, o maior número absoluto, embora não represente um recorde para meses de fevereiro. Foram abertas 26 mil vagas na região Centro-Oeste.

Mercadante e Marta, chapa para vencer em SP

Confirmado o nome do senador Aloízio Mercadante (PT) para governador de São Paulo, avançam os entendimentos para a formação de ampla coligação partidária em torno de sua candidatura. A chapa majoritária deverá ter, também, a ex-prefeita paulistana Marta Suplicy (PT), candidata a uma das duas vagas a serem renovadas na eleição desse ano para o Senado.

Como venho reiterando aqui neste Blog, encabeçada por Mercadante e Marta, o PT e aliados contarão com uma chapa muito forte na disputa em São Paulo, hoje, mal - aliás, muito mal - administrado pelo tucano José Serra, candidato da oposição à presidência da República. Serra sai do governo no próximo dia 2 desincompatibilizando-se para concorrer ao Planalto.

Estamos no páreo e saímos com boas possibilidades de desalojar os tucanos do poder que ocupam há 16 anos em São Paulo - ou há 28 anos se contarmos desde o governo Franco Montoro a partir de 1982.

PT tradicionalmente sai com 1/3 dos votos no Estado

Temos, também, nada menos que 1/3 dos votos no Estado para postos majoritários, percentual já atingido pelo deputado José Genoíno (PT) como candidato a governador em 2002, e pelo próprio Mercadante quando ganhou a eleição para o Senado naquele ano e quando disputou o governo em 2006.

Assim, temos a passagem para o 2º turno praticamente assegurada, além de contarmos com o cansaço dos paulistanos após 16 - ou 28 - anos de tucanato no poder no Estado. Saímos, também, com uma chapa majoritária com nomes conhecidos, com experiência na disputa de pleitos majoritários, repetindo lideranças de ampla aceitação popular como aconselhou há algum tempo o presidente Lula.

Mercadante e Marta formam uma chapa que traz a vantagem adicional de alavancar a eleição de grandes bancadas de deputados estaduais e federais, além de se constituir em um palanque forte a contribuir para a vitória de nossa candidata à presidência da República, ministra Dilma Rousseff.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pesquisa CNI/Ibope confirma crescimento de Dilma na disputa pela Presidência

Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (17) confirma o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na disputa pela Presidência da República. Pela pesquisa, Dilma praticamente encostou no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que ainda lidera.

Na medição do Ibope, a diferença entre os dois pré-candidatos caiu de 21 para cinco pontos percentuais. Na comparação das pesquisas realizadas pelo Instituto, em novembro Serra tinha 38% e agora aparece com 35%. Já Dilma subiu de 17% para 30%.

Ciro Gomes (PSB) caiu de 13% para 11%, e Marina Silva (PV) manteve-se estável em 6%. Brancos e nulos somam 10% e não responderam, 8%.

Além de subir na pesquisa, Dilma ainda viu seu índice de rejeição despencar de 41% para 27%. A rejeição de Serra também recuou, de 27% para 25%.

A capacidade de crescimento de Dilma também pode ser vista pelo fato de 38% dos entrevistados não saberem quem será o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 6 e 10 de março, em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Pesquisa Ibope mostra recorde na avaliação positiva do governo Lula

Em relação a mostra anterior, índice subiu três pontos percentuais.
Levantamento foi realizado por encomenda da Confederação da Indústria.

A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu para 75%, segundo pesquisa Ibope realizada por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na pesquisa anterior encomendada pela confederação, divulgada em dezembro, 72% dos entrevistados avaliavam a atuação do presidente como “boa” ou “ótima”.



O atual índice é o maior verificado na série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2003, no começo do primeiro mandato do presidente.

Em relação a dezembro, o percentual de pessoas que viam o trabalho de Lula como ruim ou péssimo era de 6% e agora caiu para 5%. O levantamento indicou que 77% dos entrevistados confiam no presidente Lula, praticamente o mesmo percentual registrado na pesquisa anterior.



Entre os entrevistados, cresce a percepção que segundo mandato está sendo melhor que o primeiro, opinião compartilhada por 49% dos entrevistados.


Maneira de governar

Segundo o Ibope, a "maneira de governar do Presidente Lula é aprovada por 83% da população".



O número se manteve estável: é mesmo verificado na pesquisa de dezembro. Segundo a pesquisa divulgada nesta manhã em São Paulo, outros 13% desaprovam a maneira como Lula administra o Brasil.

Balanço do PAC

Em três anos programa investiu R$ 131 bilhões em São Paulo

O governo federal divulgou nesta segunda-feira (15) o balanço de três anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa prevê investimento de R$ 131 bilhões em São Paulo, considerando o período entre 2007 e 2010. Na ampliação de infraestrutura logística, o objetivo é garantir o escoamento da produção regional para consumo interno e exportação: Porto de Santos, Rodoanel, Ferroanel de São Paulo-Tramo Norte, BR-116, BR-153, ponte da BR-158. Além disso, destina-se a melhorar o tráfego em regiões metropolitanas e eliminar gargalos operacionais nos entroncamentos ferroviários: Rodoanel e Contorno de Araraquara, além de apoiar o turismo, por meio das obras nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos.

No que diz respeito à infraestrutura energética, o PAC tem a preocupação de desenvolver e ampliar a produção de petróleo no Estado, modernizar o parque de refino, ampliar a malha de gasodutos, garantindo suprimento de gás natural.

Dentro do Programa Luz para Todos, mais de 34 mil ligações já foram efetuadas. O programa garante também o transporte de massa de qualidade: conclusão das obras do Corredor Expresso Tiradentes e a expansão da Linha 2 do metrô e melhora as condições da população, despoluindo importantes represas para o Estado, como Billings e Guarapiranga, na Região Metropolitana de São Paulo, e da Baía de Santos. O PAC prevê obras de ampliação do sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, drenagem para controle de enchentes e prevenção de inundações em todo Estado.

Frias Filho põe a cabeça para fora

Diretor de Redação da Folha de S.Paulo, Otávio Frias Filho pôs a cabeça para fora. Escreveu um artigo para defender que o Brasil tenha armas nucleares. Mas não se assustem, é só para chamar a atenção. O que ele faz mesmo no texto é atacar o presidente Lula, o PT e a política externa do governo.

Além de desfiar uma ingênua teoria geopolítica sobre o papel do Brasil no mundo, uma espécie de realismo cínico nuclear: o Brasil está autorizado a violar sua Constituição e desenvolver armas nucleares, já que os Estados Unidos as têm e ameaçam o Irã e é natural que este país também as tenha, porque seus vizinhos dispõem desse potencial.

Por esse raciocínio tortuoso, Frias Filho acha que o Brasil deve dispor de armas nucleares porque os EUA as têm e ameaçam o Irã, via guerras de invasão contra o Iraque e o Afeganistão; e a produção ou a posse desse tipo de armas pelo Irã é uma decorrência natural, até porque Israel, Paquistão, Índia e Rússia, vizinhos ou na região da antiga Pérsia as possuem.

Então, isso significa que se os EUA agridem a Venezuela, como vêm fazendo, ameaçam e invadem o Equador, via Colômbia, como já o fizeram, e plantam bases militares em todo o "Cone Sul", o Brasil está autorizado a violar sua Constituição e a desenvolver armas nucleares.

Mas, as críticas de Frias Filho ao presidente Lula e à nossa política externa não resistem aos fatos. Ele diz, por exemplo:"Vamos confrontar os Estados Unidos, sim, e cada vez mais. Mas vamos fazê-lo quando for relevante para o Brasil, não para realizar as fantasias ideológicas da militância que aplaude o presidente Lula e seu chanceler”.

Hillary é do Partido Democrata e a Folha não a critica

Aí, não sei do que ele está falando, se da retaliação autorizada pela OMC ou da questão de Honduras, já que para a Folha - que apoiou o golpe de 64 no Brasil - devíamos ter reconhecido os golpistas hondurenhos e expulsado o presidente constitucional daquele país, Manuel Zelaya, de nossa embaixada.

Outra critica é sobre a filiação do chanceler Celso Amorim ao PT. Ele a sustenta com a tese de que isso não vale em nenhum país democrático. Frias Filho defende: "Chanceler não deveria ter partido. Parodiando Clemenceau (1841-1929), a diplomacia é assunto sério demais para ser relegado a diplomatas e a ideólogos partidários”. Ora, e o exemplo da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton filiada ao Partido Democrata? A Folha a critica por isso?

O articulista revela, assim, sua concepção elitista e autoritária de democracia e Estado. Sua grande tese é que política externa é uma combinação de direitos humanos - daí sua audaciosa e vibrante defesa das armas nucleares ! - e independência.

Direitos humanos que viram pó num mundo dominado por potências nucleares e países sem acesso a essas armas. Essa situação sugere que a única saída, ao contrário do que propõe Frias, é o desarmamento e o controle dos arsenais nucleares pelas Nações Unidas de fato e não como acontece hoje, pelos Estados Unidos.

Articulista defende autodeterminação relativa

Essa defesa de Frias Filho da autodeterminação relativa é feita muito ao gosto das superpotências: exige que condenemos a violação dos direitos humanos em todo e qualquer país, sem que se invoque a independência e a autodeterminação desta ou daquela nação.

Esquece, assim, o recente golpe de Estado em Honduras quando ele e o jornal de sua propriedade não se esmeraram exatamente pela defesa dos direitos humanos. Ali, na prática, prevaleceram os interesses políticos, ideológicos e partidários da Folha.

Da mesma forma o Brasil em sua política externa deve levar em conta seus interesses e objetivos para defender os direitos humanos no momento e na forma que julgar adequada. E não quando a diplomacia e os interesses dos Estados Unidos o exijam, como o fazem agora no caso do Irã e de Cuba.

terça-feira, 16 de março de 2010

Servidores da Saúde fazem manifestação em SP

Eles reivindicam melhorias no trabalho e benefícios.
Manifestação foi encerrada na Bela Vista.


Um grupo de servidores da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo promoveu nesta sexta-feira (5) uma passeata para pedir melhores condições salariais e de trabalho. O protesto terminou no início da tarde, por volta de 14h, e os funcionários decidiram continuar mobilizados, o que indica, segundo a assessoria do SindSaúde-SP, estado de greve. Mas eles não vão parar de trabalhar.

A concentração foi em frente à Secretaria de Estado da Saúde, junto ao Metrô Clínicas, na Zona Oeste. Dali, o grupo partiu em direção à Avenida Paulista e encerrou o protesto na Rua Bela Cintra, na Bela Vista, em frente ao prédio da Secretaria de Gestão Pública. De acordo com o sindicato, um assessor da pasta foi quem recebeu os manifestantes.

O número de pessoas que participou do protesto divergiu. Enquanto a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), cuja sede fica na Bela Cintra, contabilizou 300 pessoas, a Polícia Militar informou que apenas 60 estavam na passeata. Por volta de 14h, a CET disse que havia 2 km de lentidão na Avenida Paulista, sentido Consolação, em função do ato.



Na pauta



De acordo com o sindicato, os servidores da saúde protestaram contra o congelamento e a ameaça de corte do adicional de insalubridade e pedem aumento de R$ 4 para R$ 14 no valor do vale-refeição.



Querem ainda o fim das terceirizações, que alegam ter piorado as condições de trabalho na saúde pública e o atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde. Os delegados sindicais de base do SindSaúde-SP também dizem ter aprovado 40% de reposição das perdas salariais.

Vermelho: não deixe o Serra fazer com a Dilma o que fez com a Roseana

O Conversa Afiada publica e-mail do amigo navegante Paulo Cesar.

É bom lembrar que, com a ajuda da Polícia Federal de Fernando Henrique; de Marcelo Lunus Itagiba – o herói da CPI dos Amigos de Dantas; do PiG (*), especialmente da revista Época, das Organizações (?) Globo; e de um sereno procurador do Ministério Público Federal (cadê ele ?), Zé Alagão desconstruiu a candidatura de Roseana Sarney, a única que, naquela altura, poderia derrotar Lula.

Zé Alagão valeu-se, como sempre do PiG (*).

Como diz Ciro Gomes, hoje na Folha (**) da provincia de São Paulo, página A8:

“O Serra erra menos porque é protegido pela grande mídia”.

Uma vez, perguntei a um governador do PMDB: com que o Serra seria candidato a presidente? Com a imprensa, ele respondeu.

Como diz o Conversa Afiada: sem o PiG (*), esses tucanos de São Paulo não passavam de Resende.

Ou, como disse o Ciro, numa sabatina na Folha (**), o Serra não tem escrúpulos; se for preciso, passa com um trator por cima da mãe.

Paulo Henrique Amorim

Enviado em 15/03/2010 às 9:22

5 ações de guerra para garantirmos a vitória de Dilma.


São cinco as tarefas imediatas…
1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Serra vai ser candidato com o “Estado ativo”. Então, o FHC é o “passivo” ?

Zé Alagão se lança candidato na primeira página do Estadão da província de São Paulo.

Nada mais natural.

Ele é candidato de São Paulo e de mais ninguém.

E das forças que sustentam o Estadão (*).

A campanha começa bem: com um cacófato.

O homem do gerúndio – “São Paulo trabalhando por você” – agora se lança com a ajuda da cacofonia: ”Estado ativo”.

Não é o forte dele: expressar-se.

O que será o “Estado ativo” ?

Deve ser uma oposição ao Estado “passivo”.

“Passivo”, então, deve ser o Estado do Farol de Alexandria.

Lembre-se que desse Estado “passivo”, Zé Alagão foi o Grande Planejador, o ministro do Planejamento que passou o tempo a tramar a queda do Pedro Malan.

Ou ele não se lembra do que disse o Farol ?

Que ele, Zé Alagão foi o mais feroz defensor da venda da vale do Rio Doce a preço de banana ?

O “Estado ativo” deve ser a forma inteligente – clique aqui para ver como a mediocridade de Serra se expôs à televisão portuguesa – de o Zé Alagão jogar o Farol ao mar.

Ele, o “ativo”; o Farol, “passivo”.

Vamos aceitar os termos da dialética.

Quem vendeu a água da Sabesp ?

Quem pedagiou (ou seja, privatizou) as estradas, ruelas e pinguelas de São Paulo ?

Quem vendeu a catraca do metrô ?

Quem vendeu o Nossa Caixa ?

Quem ligou ao Naji Nahas – segundo os registros da Operação Satiagraha – para ele, Nahas e o “brilhante” Daniel Dantas venderem a Cesp ?

Quem ?

Foi o “passivo” ou o “ativo” ?

Mas, como diria o Dr Tancredo sobre outro paulista candidato a presidente, o Paulo Maluf: o Maluf é bom porque perde.

O Zé Pedágio é bom porque perde.

E continua a ser aquele velho economicista de guerra, que pensa que o Brasil congelou em 2002, à espera dele.

E que ainda se debate com as questões da Economia.

Logo ele, que não tem um diploma de Economia que sirva no Brasil, embora se tenha registrado na Justiça Eleitoral como “engenheiro” e “economista” e não seja um nem outro.

Pena que o Zé Alagão não se tenha lançado candidato com a bandeira da moralidade.

Clique aqui para ler “A pedidos – Maierovitch: Serra não deixou a Justiça apurar se ele é ladrão”.

Talvez porque aí não se sinta tão seguro.

Que bom.

Ele vai se enredar no debate da Economia.

Nos termos que o Farol impôs: “a questão do Estado” foi o tema do último artigo (inútil) do Farol no PiG (**).

Incapaz de formular uma ideia original, Serra vai atrás dele.

Atrás do Farol, inclusive para o anonimato.

Mino Carta prevê que, em outubro, Serra pedirá ao Belluzzo dois empregos: de professor na Facamp e no Palmeiras.

Paulo Henrique Amorim

(*) O Estadão fez uma bela reforma gráfica. A forma está ótima. O conteúdo é aquele lixo de sempre. Não presta para uma banca de jornal na Corrientes, em Buenos Aires. Mas, demonstra que a Folha da província de São Paulo não vai longe. Como dizia o “Seu Frias”, uma ponte de São Paulo, São Paulo não comporta dois jornais grandes …

(**)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

A Educação Pede Socorro em São Paulo


Cerca de 40 mil professores da rede estadual de ensino, reunidos em assembléia ontem na capital paulista, decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Numa manifestação de união da categoria, os professores fizeram passeata na Avenida Paulista, desmoralizando a versão propagada pelo governo Serra e setores da mídia de que a greve teria atingido apenas 1% dos professores. Ta aí a foto que não mente.

Mais do que uma reivindicação justa dos professores por reajuste salarial, o movimento reivindica um plano de carreira para a categoria, defende a dignidade do magistério e a qualidade na educação, que todos sabemos piora a cada ano no Estado de São Paulo. E o mais grave é a omissão da mídia na cobertura dos fatos, mostrando que temos um jornalismo de rabo preso e provinciano.

domingo, 14 de março de 2010

Kassab é a prova do dedo podre de Serra





A notícia da cassação do poste de Zé Alagão e da vice-prefeita de São Paulo merece duas considerações.

Primeiro, que os principais fornecedores do granoduto dos demotucanos de São Paulo são os suspeitos de sempre.

A indústria imobiliária e duas empreiteiras- figurinhas-carimbadas: a Camargo Corrêa, da Operação Castelo de Areia (*); e a OAS (ou “Obras do Amigo Serra”), que frequentou as páginas policiais na cratera do metrô e no desabamento da viga do Robanel dos Tunganos.

Portanto, não há o que estranhar.

A Justiça Eleitoral, que já tinha cassado vereadores paulistanos por causa das mesmas más companhias, nada mais fez do que voltar ao habitat natural dos demotucanos de São Paulo.

Uma espécie de hotel-boutique construído pela indústria imobiliária e as empreiteiras.

Outra consideração interessante é sobre a capacidade de o Zé Alagão formar equipes vencedoras.

Quando foi candidato a Presidente em 2002 – e levou a surra de 61 a 39% do Lula -, o primeiro vice que escolheu foi Henrique Eduardo Alves.

Trocou rapidinho, com a denúncia da ex-mulher de Alves: o candidato a vice-presidente da República lavava dinheiro.

Zé Alagão chamou uma deputada, Rita Camata, do numeroso colégio eleitoral do Espírito Santo.

Um gênio.

Agora, na natimorta campanha para presidente em 2010, o primeiro candidato a vice era o Arruda – com aquela frase inesquecível: vote num careca e leve dois – clique aqui para ver esse momento que Alexandre Maluf Garcia remeteu à História Republicana.

Agora se sabe que a Justiça Eleitoral considera corrupto o vice que ele levou para a Prefeitura de São Paulo.

Aquela mesma prefeitura que ele jurou governar até o fim do mandato, como disse, num debate, ao Boris CCasoy.

E tem mais.

Quando foi senador, o suplente de Zé Alagão era o empresário Pedro Piva.

Piva exerceu praticamente todo o mandato, porque Zé Alagão ajudou Fernando Henrique a planejar o governo catastrófico que levou o Brasil três vezes ao FMI, de joelhos.

O amigo navegante sabe o que Piva fez no Senado ?

O eleitor paulista que votou em Serra sabe o que Piva fez no Senado ?

Não sabe, porque não fez nada.

Serra é um dedo podre contumaz.

Por que será ?

É coincidência ?

Não.

É o resultado de uma personalidade insegura, sitiada pelos próprios fantasmas, provavelmente bi-polar, que tem medo de segundos fortes.

Ou porque é politicamente incapaz de formar alianças sólidas, de nomes de relevo.

Como disse o Oráculo de Delfos, que previu que Serra não será candidato a Presidente.

Serra é um dedo podre tão consistente que se fosse – fosse, porque não será – Presidente, nomearia o presidente da Sabesp presidente da Central Nuclear.

E provocaria um Alagão Nuclear.


Paulo Henrique Amorim

(*) O Superior Tribunal de Justiça congelou o trabalho do corajoso Juiz Fausto De Sanctis, que ia botar diretores da Camargo na cadeia. Da mesma forma que o Ministro Eros Grau congelou os documentos da Operação Satiagraha que envolvem até o pescoço o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.

sábado, 13 de março de 2010

Deu na Veja: Dilma provavelmente já passou Serra

Dilma e Serra, pau a pau
De Lauro Jardim:

De acordo com informações já do conhecimento do partido, o PSDB saiu-se mal em uma pesquisa nacional de intenção de voto a ser divulgada na quarta-feira. Ela mostra um empate técnico de José Serra e Dilma Rousseff, mas com a petista 1 ponto porcentual à frente. A pesquisa foi feita entre 5 e 10 de março com 2 002 pessoas em 142 municípios.

Outra pesquisa, desta vez encomendada pelo PT, foi levada ao Planalto na sexta-feira. Deu pela primeira vez Dilma Rousseff 3 pontos à frente de José Serra.


Postado por:http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/13/dilma-serra-pau-pau-274189.asp

Leia nota de Vaccari sobre novo ataque de Veja

Nota sobre a matéria da Veja

A Veja desta semana dá continuidade à estratégia de me usar para atingir o Partido dos Trabalhadores. Na semana passada, a revista apresentou denúncia baseada em investigação que teve providências noticiadas pela revista rejeitadas pela Justiça.

As acusações desta semana se baseiam exclusivamente em depoimento cujo conteúdo não é verdadeiro, que teria sido prestado em 2005 pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, buscando se beneficiar de delação premiada.

O Ministério Público Federal, a quem foi prestado o depoimento, não considerou as acusações minimamente consistentes, tendo em vista que não houve qualquer desdobramento em relação a mim.

Passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Nem mesmo fui informado da existência ou do teor desse depoimento. O Ministério Público não propôs ação contra mim. Nenhuma denúncia foi apresentada.

Trata-se novamente de matéria sem fundamento ou provas como outras dessa revista que tem como objetivo atacar sistematicamente o PT, visando influenciar o processo eleitoral deste ano.

João Vaccari Neto
Secretário Nacional de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores

sexta-feira, 12 de março de 2010

Professores em greve fecham Avenida Paulista e trânsito fica confuso




Cerca de 8 mil servidores estaduais da área da educação interditaram na tarde desta sexta-feira os dois sentidos da Avenida Paulista, em São Paulo. Desde o dia 8, professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado. O trânsito ficou bastante complicado, principalmente próximo à Consolação.

A Polícia Militar acompanhou o início da manifestação, considerada pacífica até o momento. A Companhia de Engenharia de Tráfego recomendara aos organizadores do protesto para evitarem a manifestação em locais de grande circulação.

A CET havia pedido até que fosse cumprido uma decisão judicial "que coíbe o sindicato solicitante de promover passeatas em vias de circulação de São Paulo, por onde trafeguem veículos automotores".

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) reivindicam um reajuste salarial de 34,3%. Eles alegam estão há cinco anos sem aumento. Ainda de acordo com o sindicato, a paralisação chega a 80%.
Publicado no site do jornalista Paulo Henrique Amorim.

www.paulohenriqueamorim.com.br


Confiram!

A Globo contra o povo.
O povo contra o Globo

11/março/2010 9:23
A Globo queria proteger leitores desse anúncio

A Globo queria proteger leitores desse anúncio

O Conversa Afiada publica material que recebeu do movimento “Afirme-se”, que defende as políticas afirmativas e as cotas para negros nas universidades:

segunda-feira, 8 de março de 2010 ( blog afirmese: www.afirmese.blogspot.com)

O POVO CONTRA O GLOBO: Representação no Ministério Público diante da censura do jornal ao Manifesto

Numa articulação com ativistas sociais e intelectuais do Rio de Janeiro, a campanha Afirme-se! decidiu entrar com uma representação contra o jornal O Globo, do Rio de Janeiro. A ação, protocolada na tarde de segunda-feira, 8/3, no Ministério Público daquele Estado, foi preparada pelo advogado André Barros a partir de minuta do advogado Joao Fontoura Filho, que assiste na Bahia a coordenação nacional da campanha, que resolveu acionar a Justiça alegando que O Globo privou os seus leitores de ter acesso ao Manifesto publicado em outros jornais nacionais no dia 3 de março, no qual se afirma a constitucionalidade das políticas de ação afirmativa e das cotas. Ressalta a ação a contradição de um jornal que diz defender a liberdade de expressão e que critica qualquer iniciativa de a sociedade criticá-lo vir agora censurar a sociedade civil, ao impor um valor absurdo para que esta emitisse o seu ponto de vista sobre um debate que está na pauta jornalística este ano.
A direção de O Globo, após apresentar uma tabela negociada de publicação ao valor de R$ 54.163,20 (dentro dos padrões de mercado obtidos pela agência Propeg), depois de ter acesso ao conteúdo do Manifesto decidiu que somente publicaria pelo valor irracional de R$ 712.608,00 !
A coordenação da campanha buscou solucionar o impasse nas 48 horas que antecederam a abertura das audiências no STF, enviando ao setor comercial de O Globo no Rio e a um dos seus diretores uma série de mensagens, não respondidas.
A representação é assinada pelos professores Alexandre do Nascimento, Rodrigo Guerón e pelo advogado André Magalhães Barros e quer o pronunciamento da Justiça. Já está sendo articulado um abaixo-assinado para ser anexado à ação nos próximos dias.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR SUBPROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DE DIREITOS HUMANOS E FISCALIZAÇÃO

Organizações não-governamentais e cidadãos em várias partes do país buscaram publicar, mediante compra de espaço de uma página inteira em jornais de grande circulação, um `Manifesto`, cujo objetivo central é divulgar a constitucionalidade das políticas de ação afirmativa, das quais as cotas são um importante mecanismo.

Para alcançar os seus objetivos, desde o início de janeiro de 2010, articularam uma campanha nacional – denominada `Afirme-se!` – visando sensibilizar os brasileiros e arrecadar fundos para o pagamento dos custos da publicação do referido `Manifesto` nos jornais.

Dessa campanha resultou, inclusive, a adesão de uma agência profissional de publicidade, a `Propeg`, com sede em Salvador, cuja equipe assumiu a criação das peças de campanha, bem como as negociações com as empresas jornalísticas visando a veiculação do material.

Foi assim que a `Propeg` passou a negociar preços e prazos de pagamento com os veículos, durante a última semana do mês de fevereiro. A pretensão foi veicular o `Manifesto` nos jornais `Folha de S. Paulo`, `O Estado de S. Paulo`, `Correio Braziliense` e `O Globo`. Justifica-se a escolha desses jornais por seu forte poder de mercado e a pretensão de atingir os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal e suas equipes, vez que pautaram o debate sobre as cotas naquela corte, para se iniciar a partir do dia 3 de março de 2010.

Em sua negociação com o setor comercial dos referidos jornais, no dia 23 de fevereiro, a `Propeg` recebeu e apresentou ao cliente a planilha de custos dos preços de inserção do `Manifesto`, negociados em nome de uma Organização Não-Governamental, o `Omi-Dùdú`, para a qual seria faturado o débito. Conforme pode ser visto em troca de correspondência entre as partes (Anexo I), o setor comercial de `O Globo` enviou proposta de mídia naquele dia 23 de fevereiro, na qual se estabelece o custo de uma página (colorida) naquele jornal um valor negociado de até R$ 67.704,00, valor este ainda sem o abatimento da comissão de agência. Conforme pode ser visto no plano de mídia inicial (Anexo III), tal valor caiu para R$ 54.163,20, depois de abatido o percentual da agência de publicidade.

Entretanto, no dia 26 de fevereiro, depois que a `Propeg` enviou o anúncio criado “para análise da equipe editorial do jornal”, obedecendo a uma exigência do veículo, aquele valor saltou para absurdos R$ 712.608,00. A alegação de `O Globo` para tal alteração foi expressa nos seguintes termos: “o anúncio foi analisado pela diretoria e ficou definido que será `Expressão de Opinião`, pois, o seu conteúdo levou a esta decisão.”

Informe-se que o valor inicialmente cobrado pelo `O Globo` está dentro da tabela média cobrada no mercado de publicidade em jornais. Seria, portanto, realista e competitivo, sem resultar em nenhuma concessão ou abatimento excepcional. Isto pode ser demonstrado pelos valores cobrados para veiculação do mesmo anúncio pelos jornais `Folha de S. Paulo` (R$ 38.160,00), `O Estado de S. Paulo` (R$ 37.607,23) e outro, que decidimos incluir, `A Tarde` (R$ 36.048,48). (Anexo II).

Deve ser dito que, dos jornais mencionados, a `Folha de S. Paulo`, `O Estado de S. Paulo` e `O Globo` competem, no mercado editorial, em distribuição, circulação e influência nacionais. Em termos de linha editorial, esses três veículos são, nitidamente, contrários às cotas e às políticas de ação afirmativa. No entanto, diferentemente de `O Globo`, todos os demais aceitaram publicar o `Manifesto`, custeado pela sociedade civil por um preço comercialmente realista.

O `Manifesto` tem o objetivo de informar a sociedade a respeito da constitucionalidade das cotas – tão atacadas nos editoriais, artigos e comentários difundidos, entre outros, pelo jornal `O Globo`. No intuito de publicá-lo, um dos responsáveis pela campanha `Afirme-se!` tentou, fazendo uso dos canais oferecidos na página eletrônica do jornal, negociar com o setor comercial de `O Globo`, durante os dias 1 e 2 de março, sem obter qualquer resposta.

Se o `Manifesto` não for publicado no jornal `O Globo`, grande parte dos leitores do Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil será prejudicada no acesso a essa informação. De forma alguma, a publicação do manifesto visa provocar quem quer que seja.

Conforme pode ser conferido no respectivo site institucional do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski designou para de 3 a 5 de março de 2010 a realização de audiência pública, a fim de ouvir interessados nas duas argüições judiciais sobre políticas de ação afirmativa adotadas por universidades brasileiras que lá tramitam, das quais Lewandowski é o relator: “O debate em questão consubstancia-se na constitucionalidade do sistema de reserva de vagas, baseado em critérios raciais, como forma de ação afirmativa de inclusão no ensino superior”, informa o Edital de Convocação da Audiência assinado pelo ministro. No referido debate, estarão em discussão:

1. uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF/186), de autoria do Partido Democratas (DEM), contra a Universidade de Brasilia (UnB) e seus responsáveis, por essa universidade adotar o sistema de cotas em seu vestibular.

2. um Recurso Extraordinário (RE/597285), de autoria de Giovane Pasqualito Fialho, contra a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que também adota o sistema de cotas em seu vestibular. O autor questiona o fato de ter obtido nota que o habilitaria a uma vaga naquela universidade, mas que, por conta das cotas, teria sido ocupada por outro candidato aprovado.

A audiência pública convocada por Lewandowski configura-se como um dos momentos cruciais para o futuro das políticas de ação afirmativa. Dela, deverão participar trinta e uma pessoas selecionadas pelo STF, para se manifestarem pró ou contra a constitucionalidade das ações afirmativas. Este projeto visa minorar o desequilíbrio existente, ao oferecer maior suporte midiático aos que são a favor das cotas, considerando que, na mídia, há uma diferença gritante no espaço que vem sendo dado aos que são contra essa política de ação afirmativa.

No Brasil, a tardia adoção de tais políticas, que vêm sendo implementadas, timidamente, há menos de uma década, por algumas instituições públicas, e mesmo privadas, em especial no campo da educação superior, tem sofrido ataques poderosos de setores da grande mídia.

Há uma verdadeira campanha que objetiva duas coisas: 1) extinguir, vetar, destruir as poucas iniciativas institucionais de ação afirmativa já existentes; 2) impedir, bloquear, derrotar qualquer possibilidade de implantação ou criação de novos instrumentos legais e institucionais de ação afirmativa.

Na hipótese de a maioria dos ministros do STF acatar, integralmente, o que a ação do DEM contra a UnB e o RE contra a UFRGS demandam, as políticas de ação afirmativa, executadas hoje por cerca de 80 instituições de ensino superior, deixarão de existir, impedindo que milhares de estudantes indígenas e afrodescendentes realizem suas expectativas de ingresso e conclusão do ensino superior.

Estão sob ameaça de se tornarem inconstitucionais o `Estatuto da Igualdade Racial`, que por 15 anos tramita entre a Câmara dos Deputados e o Senado, e demais projetos de lei, como o 73/99 incorporado ao projeto de lei 3.627/2004, do governo federal. Poderá ser declarado ilegal tudo o que estabelece políticas públicas compensatórias para setores da sociedade historicamente discriminados e excluídos

A campanha `Afirme-se` foi publicamente lançada entre a última semana de fevereiro e a primeira semana de março de 2010. E seguirá, num segundo momento, assim que for definida a data de discussão e votação do tema em plenário do Supremo Tribunal Federal.

A ação midiática proposta busca sensibilizar a maioria dos 11 ministros do STF para a justeza e para a constitucionalidade das políticas de ação afirmativa já existentes, a favor de indígenas e afrodescendentes. Exemplos dessas políticas são: as cotas em universidades, a regularização de terras dos remanescentes dos quilombos, os programas especiais dos ministérios das Relações Exteriores e da Reforma Agrária, dentre outros.

No episódio em tela, além dos indícios de afronta ao Estado Democrático de Direito e aos fundamentos da República, diversos dispositivos constitucionais foram contrariados. Sendo comprovadas tais práticas e a finalidade de violar a Carta Política nos artigos abaixo elencados, os representantes esperam que medidas legais sejam tomadas pelo fiscal da lei:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

…….

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

………

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

……

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

……

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

…..

XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

…..

CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º – Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

§ 2º – É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

………

§ 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

§ 6º – A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

………“

No âmbito doutrinário, destacamos a concepção de Daniel Sarmento, em “A Vinculação dos Particulares aos Direitos Fundamentais no Direito Comparado e no Brasil”, segundo a qual, a Constituição indica, como primeiro objetivo fundamental da nossa República, “construir uma sociedade livre, justa e solidária” (art. 3º, I, CF), indicando que o modelo constitucional brasileiro se afastou da visão liberal de que o Estado é o único violador dos direitos fundamentais. A Constituição Federal de 1988 irradia, portanto, os seus princípios para todo o sistema jurídico, inclusive para as relações entre particulares, que devem estar vinculados aos Direitos Fundamentais garantidos constitucionalmente. Trata-se da denominada EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, que recebeu acolhida no Supremo Tribunal Federal, na seguinte decisão:

STF, RE 201819 / RJ, Relator Min. ELLEN GRACIE, Relator p/ Acórdão Min. GILMAR MENDES, Julgamento: 11/10/2005, DJ 27-10-2006, Órgão Julgador: Segunda Turma

“As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados.

(…)

A autonomia privada, que encontra claras limitações de ordem jurídica, não pode ser exercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois a autonomia da vontade não confere aos particulares, no domínio de sua incidência e atuação, o poder de transgredir ou de ignorar as restrições postas e definidas pela própria Constituição, cuja eficácia e força normativa também se impõem, aos particulares, no âmbito de suas relações privadas, em tema de liberdades fundamentais.“

Pelo exposto, sendo apurados e comprovados, pelo Parquet, os fatos e os fortes indícios de práticas infrativas à liberdade de expressão e ao direito à informação, os representantes vêm requerer a Vossa Excelência que sejam tomadas as medidas legais.

Rio de Janeiro, 8 de março de 2010

ALEXANDRE NASCIMENTO

ANDRÉ MAGALHÃES BARROS

RODRIGO GUÉRON

Globo aumentou o preço dez vezes:


Globo Correspondencia
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A Globo queria proteger leitores desse anúncio:
Afirme Se Estadao
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Essa é a transcrição da representação no Ministério Público, contra O Globo:

RepresentaçãO, MinistéRio PúBlico Globo ExcelentíSsimo Senhor Doutor Subprocurador
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sexta-feira, 5 de março de 2010

Minas mostra a Serra o que o espera

Na inauguração do Centro Administrativo Tancredo Neves, sua nova sede de governo, minha Minas, sempre tão hospitaleira, recebeu o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) com brados de "Aécio presidente".

Foi uma demonstração antecipada aos tucanos de como o seu candidato será recebido na campanha eleitoral no Estado. Mais que isso, que ele não terá apoio lá e que Minas - segundo maior eleitorado do país e por onde passa a decisão de toda sucessão presidencial - não perdoa a exclusão autoritária de seu governador, Aécio Neves (PSDB) da disputa desse ano.

Não está fácil a situação do candidato da oposição. Seu mais tradicional aliado, o DEM, a cada dia transforma-se mais num estorvo e num incômodo. A Câmara Distrital de Brasília instaurou o processo de impeachment do único governador do partido, José Roberto Arruda - muito mencionado para vice de Serra - que continua preso na Polícia Federal (PF).



A manutenção do governador em cela da PF levou seus advogados a mudar a estratégia. Agora reivindicam que ele cumpra a prisão em casa, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de negar-lhe mais um pedido de soltura.

O esforço inútil da mídia para ajudar



A situação está difícil para Serra, ainda que a mídia, a mais ativa linha-auxiliar da campanha tucanademo continue cada vez mais entusiasmada no cumprimento de seu papel de oposição. Agora foi O Globo que veio com o factóide da licença de dois meses do presidente Lula para fazer campanha da ministra Dilma Rousseff - uma "notícia' que ninguém sabe, ninguém viu e o Planalto desmentiu.

Sem noticias boas sobre a candidatura da oposição, a mídia impôs-se o papel, ela própria, de procurar produzir e criar factóides contra o governo, o presidente Lula, a candidata Dilma Rousseff e seu partido, o PT, numa escalada sem precedentes. A cada dia os jornais mais se esmeram nas tentativas de organizar uma agenda para a oposição, um discurso que preencha o seu vazio gerado pela falta de programa, metas e definições.

Já o Estadão de hoje entra com a sua contribuição à campanha oposicionista ao dar quase uma página com essa matéria com o título "Brechas na lei ajudam Lula a fazer campanha no cargo". E Serra? E Aécio, até ontem, com a inauguração desse novo centro administrativo mineiro? Não fazem o mesmo?