Você já conhece a biografia de Dilma?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Serra vai ser candidato com o “Estado ativo”. Então, o FHC é o “passivo” ?

Zé Alagão se lança candidato na primeira página do Estadão da província de São Paulo.

Nada mais natural.

Ele é candidato de São Paulo e de mais ninguém.

E das forças que sustentam o Estadão (*).

A campanha começa bem: com um cacófato.

O homem do gerúndio – “São Paulo trabalhando por você” – agora se lança com a ajuda da cacofonia: ”Estado ativo”.

Não é o forte dele: expressar-se.

O que será o “Estado ativo” ?

Deve ser uma oposição ao Estado “passivo”.

“Passivo”, então, deve ser o Estado do Farol de Alexandria.

Lembre-se que desse Estado “passivo”, Zé Alagão foi o Grande Planejador, o ministro do Planejamento que passou o tempo a tramar a queda do Pedro Malan.

Ou ele não se lembra do que disse o Farol ?

Que ele, Zé Alagão foi o mais feroz defensor da venda da vale do Rio Doce a preço de banana ?

O “Estado ativo” deve ser a forma inteligente – clique aqui para ver como a mediocridade de Serra se expôs à televisão portuguesa – de o Zé Alagão jogar o Farol ao mar.

Ele, o “ativo”; o Farol, “passivo”.

Vamos aceitar os termos da dialética.

Quem vendeu a água da Sabesp ?

Quem pedagiou (ou seja, privatizou) as estradas, ruelas e pinguelas de São Paulo ?

Quem vendeu a catraca do metrô ?

Quem vendeu o Nossa Caixa ?

Quem ligou ao Naji Nahas – segundo os registros da Operação Satiagraha – para ele, Nahas e o “brilhante” Daniel Dantas venderem a Cesp ?

Quem ?

Foi o “passivo” ou o “ativo” ?

Mas, como diria o Dr Tancredo sobre outro paulista candidato a presidente, o Paulo Maluf: o Maluf é bom porque perde.

O Zé Pedágio é bom porque perde.

E continua a ser aquele velho economicista de guerra, que pensa que o Brasil congelou em 2002, à espera dele.

E que ainda se debate com as questões da Economia.

Logo ele, que não tem um diploma de Economia que sirva no Brasil, embora se tenha registrado na Justiça Eleitoral como “engenheiro” e “economista” e não seja um nem outro.

Pena que o Zé Alagão não se tenha lançado candidato com a bandeira da moralidade.

Clique aqui para ler “A pedidos – Maierovitch: Serra não deixou a Justiça apurar se ele é ladrão”.

Talvez porque aí não se sinta tão seguro.

Que bom.

Ele vai se enredar no debate da Economia.

Nos termos que o Farol impôs: “a questão do Estado” foi o tema do último artigo (inútil) do Farol no PiG (**).

Incapaz de formular uma ideia original, Serra vai atrás dele.

Atrás do Farol, inclusive para o anonimato.

Mino Carta prevê que, em outubro, Serra pedirá ao Belluzzo dois empregos: de professor na Facamp e no Palmeiras.

Paulo Henrique Amorim

(*) O Estadão fez uma bela reforma gráfica. A forma está ótima. O conteúdo é aquele lixo de sempre. Não presta para uma banca de jornal na Corrientes, em Buenos Aires. Mas, demonstra que a Folha da província de São Paulo não vai longe. Como dizia o “Seu Frias”, uma ponte de São Paulo, São Paulo não comporta dois jornais grandes …

(**)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

A Educação Pede Socorro em São Paulo


Cerca de 40 mil professores da rede estadual de ensino, reunidos em assembléia ontem na capital paulista, decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Numa manifestação de união da categoria, os professores fizeram passeata na Avenida Paulista, desmoralizando a versão propagada pelo governo Serra e setores da mídia de que a greve teria atingido apenas 1% dos professores. Ta aí a foto que não mente.

Mais do que uma reivindicação justa dos professores por reajuste salarial, o movimento reivindica um plano de carreira para a categoria, defende a dignidade do magistério e a qualidade na educação, que todos sabemos piora a cada ano no Estado de São Paulo. E o mais grave é a omissão da mídia na cobertura dos fatos, mostrando que temos um jornalismo de rabo preso e provinciano.