O programa de expansão do metrô paulistano prometido pelo candidato da oposição à presidência da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS)? Foi adiado. Só agora, a nove dias da saída do governador de São Paulo descobre-se - reportagem na Folha de S.Paulo hoje - que vai atrasar tudo.
Projetos ou início de funcionamento de obras tocadas nesses quatro anos tucanos foram adiados em três das cinco linhas do metrô; a entrada em circulação da primeira etapa da Linha 4 (prometida para este ano) foi protelada para o ano que vem; das 28 "novas" estações prometidas e trombeteadas por maciça propaganda no rádio e na TV, só 16 são efetivamente novas - destas, cinco foram adiadas indefinidamente; e a entrega de novas estações na República e na Luz ficou "incerta" e só Deus sabe quando ocorrerá.
Secretário de Transportes Metropolitanos de Serra, José Luiz Portela diz que a culpa desse atraso em tudo é de "fatores externos" - daquela cratera aberta na linha do metrô em Pinheiros que matou sete pessoas, de processos judiciais, e de mudanças nos próprios projetos.
Mas, nada disso aparece no "governo virtual" do qual Serra faz publicidade várias vezes por dia no rádio e na TV. Pelo contrário, lá aparece um sistema de transportes urbanos fantástico, em que são cronometradas até as "horas e minutos" que os trabalhadores economizam em seus deslocamentos dos mais distantes pontos da Grande São Paulo! Economizariam, na realidade, se o sistema não fosse fantasma.
Tem-se aí mais um exemplo de promessas de campanha eleitoral tucanas engavetadas. Igualzinho as do prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM-PSDB, mais PSDB do que DEM) que se reelegeu em 2008 com o compromisso de melhorar o trânsito e o transporte público paulistano, reformar e construir 26 corredores de ônibus e implementar obras de contenção de enchentes - tudo o que você vê, não saiu do papel. Jeito demo-tucano de governar!
quarta-feira, 24 de março de 2010
Ministro do TSE rejeita contas do PSDB e de Alckmin
O ministro Felix Fischer, do TSE, considerou “irregular” a contabilidade da campanha presidencial tucana de 2006.
Relator das prestações de contas do comitê eleitoral do PSDB e do então candidato Geraldo Alckmin, Fischer rejeitou ambas.
Como punição, sugeriu ao tribunal o bloqueio, por seis meses, dos repasses de verbas do Fundo Partidário para o PSDB.
Submetido na noite passada ao plenário do TSE, integrado por sete ministros, o voto de Fischer foi acompanhado pelo colega Fernando Gonçalves.
O julgamento foi suspenso porque o ministro Marcelo Ribeiro, terceiro a votar, pediu vista dos dois processos.
Felix Fischer escorou o seu voto em relatórios de um órgão técnico da Justiça Eleitoral, a Coepa.
Trata-se da Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias. Apontou várias irregularidades nas contas do tucanato e de Alckmin.
A principal delas refere-se à dívida exposta na contabilidade da campanha. O PSDB informou ao TSE que arrecadou cerca de R$ 59 milhões.
Os gastos da campanha escalaram a casa dos R$ 79 milhões. Restou um passivo de R$ 19,9 milhões.
Pela lei, o partido teria dois caminhos: ou liquidava a dívida antes da prestação de contas ou transferia o débito do comitê eleitoral para a legenda.
Na segunda hipótese, o partido teria de obter de cada credor uma anuência escrita da renovação do débito.
Na sua prestação de contas, o PSDB assumiu as dívidas. Mas não anexou ao processo o aceite dos credores. Daí a rejeição das contas.
Em sua defesa, o tucanato alegou que fez, em 2006, o mesmo que fizera na campanha de José Serra, em 2002.
Relator das prestações de contas do comitê eleitoral do PSDB e do então candidato Geraldo Alckmin, Fischer rejeitou ambas.
Como punição, sugeriu ao tribunal o bloqueio, por seis meses, dos repasses de verbas do Fundo Partidário para o PSDB.
Submetido na noite passada ao plenário do TSE, integrado por sete ministros, o voto de Fischer foi acompanhado pelo colega Fernando Gonçalves.
O julgamento foi suspenso porque o ministro Marcelo Ribeiro, terceiro a votar, pediu vista dos dois processos.
Felix Fischer escorou o seu voto em relatórios de um órgão técnico da Justiça Eleitoral, a Coepa.
Trata-se da Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias. Apontou várias irregularidades nas contas do tucanato e de Alckmin.
A principal delas refere-se à dívida exposta na contabilidade da campanha. O PSDB informou ao TSE que arrecadou cerca de R$ 59 milhões.
Os gastos da campanha escalaram a casa dos R$ 79 milhões. Restou um passivo de R$ 19,9 milhões.
Pela lei, o partido teria dois caminhos: ou liquidava a dívida antes da prestação de contas ou transferia o débito do comitê eleitoral para a legenda.
Na segunda hipótese, o partido teria de obter de cada credor uma anuência escrita da renovação do débito.
Na sua prestação de contas, o PSDB assumiu as dívidas. Mas não anexou ao processo o aceite dos credores. Daí a rejeição das contas.
Em sua defesa, o tucanato alegou que fez, em 2006, o mesmo que fizera na campanha de José Serra, em 2002.
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